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David Shrigley nasceu em Macclesfield, Inglaterra, em 1968, mas vive em Glasgow, Escócia. Mais conhecido por seus cartoons, também escreve livros e trabalha com audiovisual. Dirigiu clipes para o Blur e Bonnie Prince Billy e dentre seus admiradores estão ainda David Byrne, Hot Chip e Franz Ferdinand. Em sua exposição “Big Shoes” (Sapatos Grandes), no BQ em Berlin, trabalha com esculturas e pinturas.

Imagens são cortesia do BQ, Berlin. Fotos de Roman Maerz. Imagens são cortesia do BQ, Berlin. Fotos de Roman Maerz.

Influenciado por Andy Warhol e Marcel Duchamp, o artista é considerado por muitos um “black humorist” pelas ironias e sátiras sempre presentes em sua obra. Cliff Lausan, curador na galeria Hayward em Londres, afirmou para o The Independent sobre o trabalho do inglês que “o que faz o trabalho de David ser único é ele ter um pé na cultura pop mundial, pela maneira como seus desenhos circulam, e o outro na arte…”
Com “Brain Activity” (Atividade Cerebral), obra exposta na Hayward, Shrigley foi nomeado ao Turner Prize. Segundo o júri com esta exposição o artista revelou “seu humor negro, inteligência macabra e escárnio infinito”.

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Por suas constantes piadas o reconhecimento de Shrigley como artista não é unânime, ao que ele responde “eu realmente não me importo se as pessoas gostam do meu trabalho. (…) Arte é tão subjetiva”. Penelope Curtis, diretora do Tate Britain, também é defensora de seu trabalho, “só porque é engraçado não quer dizer que não é bom”, afirmou.

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Isto é uma escultura de cobre que remete, isso mesmo, a um cocô Isto é uma escultura de cobre que remete, isso mesmo, a um cocô[/caption]

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O cheiro desta playlist, que acabamos de coar, já está invadindo sua sala. Tem café para todos os gostos, do mais forte e encorpado ao chafézinho, com açúcar ou adoçante. Sugerimos uma companhia agradável e uma boa conversa para harmonizar com nossa seleção de grãos. Não gostaria de entrar e tomar uma xícara de café?

 

Cynthia Daignault nasceu em Baltimore nos Estados Unidos e vive agora em Nova York. É em NY, inclusive, a casa de sua mais nova exposição “Which is the Sun and Which is the Shadow?” (Qual é o Sol e Qual é a Sombra?), na galeria Lisa Cooley.

Em “Which is the Sun and Which is the Shadow?” /> Em “Which is the Sun and Which is the Shadow?”</p>
<p>Temática recorrente em sua obra, Daignault trabalha novamente com imagens estáticas de projeções. O óleo sobre tela usado em abundância nos tons de bege apresenta uma textura cremosa, criando um ambiente poético, quase romântico. Mas é a sala intitulada “I Love You More Than One More Day” (Eu te amo mais que um dia a mais) que traz mais lirismo a exibição. São 365 pequenas telas mostrando o céu diurno em suas diversas formas. Dias nublados ou de tempo limpo, de que vale um dia a mais sem a pessoa amada?</p>
<p><img src= “I Love You More Than One More Day”

Em entrevista a revista Nylon, Cynthia afirmou que se tivesse de explicar para um estranho o que é sua arte, diria que faz pinturas de coisas. “Bem, elas são sobre a inevitabilidade da morte e a transcendência do amor”, acrescenta, mas, ainda em suas palavras, o tema não nos dá uma imagem concreta. Brincalhona ainda afirma se certificar em tratar do tema morte, “uma vez que este realmente ajuda a manter conversas com estranhos leves e descontraídas”. Conheça outros de seus trabalhos abaixo:

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Nada de Xuxa ou Patati Patatá, nossas crianças são cool, afinal. Elas brincam de air guitar ao som de Dinosaur Jr e sabem muito bem onde vivem os monstros. A playlist de hoje é para crianças “responsa”, mas também pode ser ouvida por crianças grandes. Não sabe brincar? Não dê play.

 

Cool Kids from clandacriacao on 8tracks Radio.

Lora Zombie nasceu na Rússia em março de 1990 e é uma das artistas do Eyes On Walls. Esta é uma companhia de arte que agencia jovens promissores cuja inspiração é a cultura popular urbana. Autonomeou-se Lora Zombie para homenagear o “Zombie Flesh Eaters”, coletivo criado para atender todas as demandas do projeto musical Gorillaz, onde sonhava trabalhar no início da carreira. Autodidata também autointitula sua obra como “grunge art”.

Princess Punk Princess Punk

 

As crianças e o universo infantil são temas recorrentes em seus trabalhos. Os animais também aparecem constantemente desde sua forma mais fantástica – como unicórnios, por exemplo – até pandas e baleias. A ironia costuma habitar suas telas ao lado de certa tristeza e um tanto de sátira social.

Lovin it Lovin it

 

Lora usa tinta acrílica tanto mais concentrada quanto mais diluída em água, dando o efeito de aquarela que vemos em todas as suas obras. À tinta é dada a chance de correr livre pela pintura e é recorrente o contraste de escuridão e explosão de cores,  trazendo certa psicodelia ao conjunto da obra. Abaixo mais algumas pinturas da artista:

 

Happy Family Happy Family[/caption]

 

Mini unicorn Mini unicorn

 

Panda Tree Panda Tree[/caption]

 

 

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Ontem foi dia do idoso e ficamos pensando, que tipo de música ouviremos na tal da melhor idade?  Todo mundo da Clan tem certeza que pertencerá ao grupo de tiozões que chega de moto no bar vestindo uma camiseta surrada do Alice Cooper. Porém, alguns colocarão suas moedas no jukebox para ouvir Toto, Pepeu Gomes ou até mesmo Dalton (!).
Parece que ser destemido para escancarar aquela veia brega é um pré-requisito do cargo de tiozão. E aí, ficou chuchu beleza?

Tiozão ou não? Eis a questão. from clandacriacao on 8tracks Radio.

Nem só de Sebastião Salgado vive a fotografia brasileira. Sem tirar o mérito deste, Alberto Ferreira é outro craque desta seleção. O fotojornalista é considerado um dos melhores do mundo em cobertura esportiva. Ferreira é paraibano e foi o autor da célebre foto da bicicleta de Pelé. Esta faz parte da coleção da Maison Européenne de la Photographie, MEP, em Paris.

Bicicleta de Pelé, por Alfredo Ferreira Bicicleta de Pelé, por Alfredo Ferreira[/caption]

 

Foi com outro clique do rei do futebol brasileiro que Ferreira ganhou um Prêmio Esso em 1963. As lentes do fotógrafo estavam atentas para o momento em que Pelé sentiu a contusão que o afastou da Copa do Mundo de 1962, no Chile.

 

[“O rei se curva ante a dor que o Brasil todo sentiu”, foto que recebeu o Prêmio Esso de 1963 “O rei se curva ante a dor que o Brasil todo sentiu”, foto que recebeu o Prêmio Esso de 1963[/caption] 

Alberto chefiou durante 25 anos a equipe de fotógrafos do Jornal do Brasil. Foi por este veículo que foi enviado algumas vezes a Brasília no período em que a cidade era construída. Com as inúmeras visitas a futura capital do Brasil criou, segundo a Galeria Lume, o maior e mais completo acervo autoral sobre a edificação e inauguração da mesma. Veja algumas das fotos abaixo:

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Cerimônia em Brasília na época de sua construção, inauguração

 

O Vale-Cultura chegou para ajudar quem vive na pindaíba. São R$50 mensais para se gastar não só com livros, mas com CDs, DVDs, shows, palestras, revistas e jornais. Os cursos de artes também estão incluídos, mas assinatura de TV paga e games ficaram de fora.
Outra boa notícia é que a quantia, depositada em um cartão, é cumulativa e não tem validade. Caso seu objeto de desejo tenha um custo elevado, basta economizar.
O programa do Ministério da Cultura já está credenciando as empresas que desejem beneficiar seus funcionários. Para informações mais burocráticas, acesse: http://www.cultura.gov.br/valecultura

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Como a Lua está em Peixes e o Sol acaba de entrar em Libra, o momento se tornou propício para uma playlist astrológica. Grandes chances de você encontrar outro verdadeiro amor se ouvir a terceira música vestindo algo azul. A partir da quinta música, vista verde e dance à luz da lua para favorecer os negócios.

Graças a recente proximidade de Vênus com a Lua, pudemos contar com a colaboração da virginiana Yoná Brandão e do ariano João Paulo Ferreira.

Dança dos Signos from clandacriacao on 8tracks Radio.

“Cidade Cinza” conta a história de artistas como OsGêmeos, Nunca e Nina, grafiteiros reconhecidos internacionalmente, que tem seus trabalhos apagados constantemente das ruas da capital paulista. O filme tenta conscientizar a população sobre a perda cultural enorme que vem com a política higienista que tenta por fim à poluição visual em São Paulo.

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“A gente já é muito pobre de cultura para apagar a cultura da rua” disse Ise, outro dos artistas retratados no documentário. Foram seis anos desde a produção até o financiamento por crowdfunding para distribuição. “Nesse meio tempo, a cidade de São Paulo mudou de Prefeito, mas infelizmente a Prefeitura continua pintando de cinza as paredes grafitadas”, afirmou Peppe Siffredi, roteirista do filme, em entrevista concedida ao Conexão Cultural.

Um dos murais apagados em São Paulo. Um dos murais apagados em São Paulo.[/caption]

O longa metragem, que retrata a dificuldade destes grandes artistas brasileiros serem reconhecidos no próprio país, também encontrou obstáculos para ser divulgado. As grandes distribuidoras não se interessavam pelo gênero documental por ter fraco apelo comercial. Quando as maneiras habituais de captar recurso se esgotaram, a ideia do financiamento coletivo apareceu. “Estou rifando o meu filme!”, foi assim que Marcelo Mesquita, um dos diretores do documentário conseguiu – e ultrapassou – os R$80 mil necessários para distribuir o longa pelas salas de cinema do país.

Com trilha sonora original de Criolo e Daniel Ganjaman, “Cidade Cinza” ainda não tem data de estreia prevista, mas já foi selecionado pelo festival “É Tudo Verdade”. Veja o trailer no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=7NpppZaGfJo

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