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O grafite sempre foi visto com maus olhos e sendo sinônimo de vandalismo, mas porque isso acontece? Falta de informação aliada a ignorância perante as “novas artes”? É certo que o grafite tem sido visto como expressão artística e com ascensão latente, porém atitudes como a do prefeito de São Paulo de apagar, por três vezes, obras feitas por artistas brasileiros de renome internacional, refletem alguns paradigmas a serem superados.

A situação descrita aconteceu na grande São Paulo. O prefeito ordenou que se apagassem os grafites feitos por Gustavo e Otávio Pandolfo, conhecidos como Os Gêmeos. De renome e reconhecimento internacional, essa atitude reflete senão a falta de espaço para novas artes ou até a sua ignorância provinda do formato. Entretanto, se o valor não é dado por aqui, berço dos próprios artistas, ele vem de outro lugar, mais propriamente da Escócia. Em 2007, os filhos do conde de Glasgow convenceram o pai a mudar a fachada do castelo onde residem. Para isso contaram com uma equipe de brasileiros, entre eles Nina Pandolfo, Nunca e a dupla de gêmeos. O resultado foi tão positivo, que o conde levou oficialmente a proposta de deixar permanentemente a fachada colorida no castelo, pois como o é datado do século 13, precisa de aprovação para qualquer mudança tanto interior quanto exterior.

The Earl of Glasgow, Patrick Boyle, and his son David, pose for photographers next to graffiti paintings by Brazilian artists on the walls of Kelburn Castle near Largs, Scotland

Outra possibilidade seria confundir grafite com pichação. É certo que a pichação deixou uma mancha difícil de ser apagada nas artes urbanas. Caracterizada como vandalismo e poluição visual, tanto por outros artistas como por pessoas comuns, o piche é normalmente associado a marginalização de disputa de gangues e sem apelo imagético significativo como o cuidado que o grafite tem. Por vezes não se consegue nem entender o que está escrito em uma pichação que também é utilizada como resultado de “poder” entre essas gangues. Por isso vemos sempre pichações em lugares inimagináveis e super altos, quem consegue esse feito, se destaca. Não há expressão e muito menos arte.

Embora utilizando das mesmas ferramentas, essa distinção entre essas duas “formas de expressão deve ser exaltada. Pichar em local público e sem autorização é crime e está na lei do artigo 65 dos crimes ambientais que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa. Já o grafite conta com técnicas de qualidade sofisticadas e não propõem violar patrimônios publicos.

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Com forte ligação com o Hip Hop, o grafite pega emprestado a forma de expressar as dificuldades dos menos favorecidos. Teve seu inicio no Brasil na década de 70 em São Paulo e não satisfeito com o estilo americano, desenvolveram técnicas próprias e “abrasileiraram”o grafite dando destaque ao traço brasileiro que se consolidou como um dos melhores do mundo. Relaciona-se também no teor de protesto, bastante utilizado nas obras grafitadas a fim de denunciar problemas da sociedade, tais como políticos.

Banksy Graffiti Art On West Bank Barrier

 

Portanto, vale repensar e olhar por outros ângulos as cores e desenhos do grafite. É sem dúvida uma arte que transcende a pretensão única de expressão para ser também intervenção e protesto.  Como o renomado grafiteiro Banksy que transforma sua arte em critica social ao subverter valores humanos.

 

Leia mais sobre o livro do Banksy, Guerra e Spray clicando aqui.

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Um casal de jovens americanos, movidos pela paixão em viajar tinham vontade de sobra, porém destinos lhe faltavam. Resolveram então pedir ajuda na rede para que as pessoas indicassem lugares interessantes para eles conhecerem.

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Auto intitulado de “Os Viajantes Democráticos” Laura e John criaram uma plataforma onde qualquer um pode sugerir um local no mapa e o mais votado seria a escolha certa para os dois. As indicações vão desde o mais óbvio como o Grand Canyon, até lugares desconhecidos e peculiares. Segundo o casal, desde fevereiro desse ano, quando criaram o site, já estiveram em lugares que nunca teriam conhecido de outra forma. Já receberam mais de 300 sugestões de guias turísticos de todo o planeta.

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Entretanto, o papel do casal não termina aí. O feedback dado após conhecer o local sugerido por alguém aleatório da rede, se tornou crucial para que outras pessoas pudessem usufruir das dicas de outras pessoas com a opinião de John e Laura, verdadeiros amantes das viagens.

 

Site: http://www.thedemocratictravelers.com

Fanpage: https://www.facebook.com/TheDemocraticTravelers

Instagram

 

O instagram é uma das redes sociais mais usadas. Com mais de 90 milhões de usuários, o aplicativo de fotografia que permite a customização da estética da foto a partir de filtros torna-se mais que uma experiência digital para algumas pessoas, serve de amarra para laços reais.

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É o que trata esse documentário idealizado por Paul Tellefsen que viajou durante meses pelos Estados Unidos em busca de histórias que glorificassem o Instagram no documentário.  Intitulado como Instagram Is, a produção conta com depoimentos de usuários assíduos do aplicativo que transitem seu uso e alimentam relações virtuais até torná-las reais.

Nele é mostrado o motivo de tantas pessoas aderirem ao uso da rede social e porque algumas delas elegeram-na como favorita. Em tempos de monotonia digital, o Instagram faz renascer o espírito aventureiro e a paixão por fotografar tornando simples fotografias em arte com seus efeitos vintage. É literalmente revisitar o passado, não só na estética mas como também levar a fotografia a sério de uma maneira mais acessível e instantânea.



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O iogurte é um alimento secular que já foi utilizado para alimentar exércitos ou conservar suas carnes. Hoje, por conta de uma revolução mercadológica, tornou-se uma iguaria em ascensão. A categoria sempre foi bastante popular e consumida, porém recentemente notou-se um grande emprego de forças nas áreas estratégicas da comunicação do produto. É interessante analisar o percurso do simples “derivado do leite” com açúcar em fermentação bacteriana, se tornar um manjar dos deuses.

Estima-se que esse fenômeno tenha começado há cinco anos em Nova Iorque por uma fabrica nova chamada Fage que produzia iogurte do tipo grego para os descendentes da região. Outro responsável foi um imigrante turco que colocou um pote de iogurte Chobani a venda em Long Island. Ambos ajudaram fazer com que o segmento se tornasse o mais emergente em territórios norte americano.  No Brasil, sua adesão aconteceu com certo atraso. Porém, ao transformá-lo em gourmet, uma empresa no coração de são Paulo (Delicari) foi criada a fim de vender o produto em um mascara de especiaria chic e sofisticada.

Técnicas mercadológicas foram utilizadas para promover o produto á uma categoria superior, o que nos coloca em posição de reflexão sobre a possibilidade de outros alimentos seculares consagrados assumirem um caráter inovador para se reinventar, o que abre ainda mais o leque de oportunidades. Exemplo disso é a coxinha de frango sendo alçada em pedestal gourmet. E assim como o iogurte que teve sua formula descoberta ocasionalmente podendo ser reproduzida de maneira simples, a criatividade se torna peça intrínseca na transformação do próprio alimento.


Nicholas é um jovem americano de apenas 19 anos que domina a arte da fotografia. Utilizando manipulação digital em suas imagens, o premiado fotógrafo dá um toque de surrealismo em suas obras que saltam os olhos.

 

Confira abaixo algumas de suas fotografias:

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Mais imagens em http://nicholasscarpinato.com/

 

Dois ilustradores brasileiros – Bruno Motta e Michael Bisparulz – toparam o desafio de criar 300 personagens inéditos e diferentes até o fim do ano de 2010. O projeto foi realizado com sucesso no prazo estimado, agora eles procuram utilizar esses personagens de alguma forma.
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Mais imagens: http://odesafio300.blogspot.com.br/

What My Daughter Wore (O que minha filha vestiu) é um projeto interessante. Uma mãe, dotada de um enorme talento, resolveu registrar em ilustrações o que sua filha veste. Às vezes retrata também alguns amigos de sua filha, mas o foco está inteiramente nela.

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E se a mãe esbanja talento com lápis, sua filha mostra seu talento nas combinações das roupas. Nota-se que a menina que parece ser bastante nova, já se veste com bastante personalidade.

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Há dois anos essa mãe coruja vem documentando as escolhas da filha. As fotos estão reunidas em um blog e em um perfil no Instagram. É fascinante acompanhar as combinações da pequena garota e admirar o talento e a ideia da mãe.

 

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Glitch Art é a estética inspirada nos erros digitais gerados por tecnologia corrompida. As falhas de sistemas deixaram de ser sinônimo de incomodo e stress para ser arte. E na era da perfeição tecnológica, qual é o papel do erro e da desorganização?

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Os artistas que utilizam da Glitch Art para se expressar, muitas vezes alteram o código fonte da imagem a fim de conseguir o efeito desejado. E a seleção do que é arte ou não é feita por eles mesmos de uma forma muito pessoal. Aliás, há controvérsias se pode ser chamada de arte por não se utilizar de muita interferência humana. Contudo, essa nova estética está emergindo com rapidez. Na moda, é utilizada em editoriais e alguns elementos isolados, em peças de roupa. O mesmo acontece em outras áreas. Assumir o erro está virando tendência.

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Embora esteja em ascensão no mundo dos jovens, a glitch art ainda deixa uma lacuna sobre sua importância na arte digital. Alguns dizem que a estética surgiu justamente como forma de ruptura, pois hoje se procura mais e mais um design perfeito e sucinto e a glitch art já explicita o erro em um universo em que não gostamos de errar, como se dissesse que o erro não só faz parte do nosso cotidiano como também pode ser visto como uma maneira de reflexão sobre o próprio processo da falha.

 

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Portanto, anda-se pensando muito sobre a estética e a maior questão no momento é se ela sobreviverá ou não, se irá vingar. Procura-se também o seu papel, mas não se pensa sobre a possibilidade de não possuir papel, talvez a glitch art veio apenas como estética, nada mais.

 

Já está à disposição dos anunciantes brasileiros o Masthead Dinâmico do YouTube, um formato de publicidade que permite campanhas regionalizadas na primeira página da plataforma de vídeo do Google, valendo-se de geotargeting, tecnologia que determina a geolocalização dos usuários de um site.
De acordo com o Google, o formato publicitário trazido ao país — já usado nos Estados Unidos — refere-se ao espaço mais nobre do YouTube. O banner na home da plataforma recebe em em média 20 milhões de acessos por dia.
Agora, um anunciante brasileiro do Masthead poderá rodar até 50 peças diferentes de uma campanha diária, com variações conforme localização do público-alvo ou faixas de horário específicas.
A expectativa do Google é que o lançamento atraia anunciantes dos mais variados segmentos econômicos, como automotivo, imobiliário e de turismo, que poderão aumentar a eficácia de suas ações de marketing na plataforma .

Fonte: Web Expo Forum.com.br

Pra dizer a verdade, nunca dei muita importância a esse tipo de arte; aliás, eu a definia tal como é a pichação, já que na minha época, o que se via pela cidade, era um amontoado de cores com letras distorcidas que só quem tinha feito sabia dizer o que era. Para mim, aquilo não significava nada.

As coisas começaram a mudar há uns 20 anos, quando estiveram em Votuporanga, Otavio e Gustavo Pandolfo – sim, os Gêmeos – trazidos pelo artista local e amigo Edgar Andreata. Os Gêmeos fizeram um tipo de arte que me deixou “chapado”. Aquilo sim expressava a visão do artista e eu podia entender aquela manifestação sem interpretes.

Minha maior frustração foi que na época não existiam máquinas fotográficas digitais, celulares com câmeras e toda a facilidade de se registrar uma imagem como é hoje. As fotos que tirei com a Kodak Instamatic 104 da minha esposa se perderam no tempo.

No ano passado, assisti a um filme na HBO que me deixou fascinado. Trata-se do documentário dirigido pelo maior artista de rua, ativista político, cineasta e anarquista: Banksy. Nascido em Bristol, Inglaterra no ano de 1975, o artista já espalhou a sua irreverência por cidades como Londres, Nova York, Los Angeles e até no “Muro da Vergonha”, que divide Palestina e Israel, onde criou grafites e stencils sensacionais.

Já houve até o rumor de que Banksy seria mais de uma pessoa. Porém, mesmo com a estimativa de que ele tenha cerca de 20 colaboradores, é apenas um. O mistério da sua identidade torna tudo muito excitante, principalmente com a prática não permitida dos stencils, grafites e outras intervenções urbanas, regadas de humor ácido, sarcasmo e críticas político-sociais que o transformaram em um fenômeno mundial.

Banksy é o maior de todos. Transformou e revolucionou a arte urbana em arte de museu. Existem obras extremamente valorizadas, como a cabine telefônica intitulada “London Calling” arrematado por $ 550 mil libras em um leilão da Christie’s.

Através deste documentário descobri outros artistas maravilhosos até então anônimos para mim: Space Invaders, D*face, Obey, Edgar Mueller, Alto-Contraste, Blu, etc.

Aproveite a dica e se delicie na obra de Banksy e outros artista citados nesse post. Assista o documentário produzido e dirigido por ele mesmo, mostrando outro maluco da arte urbana, Thierry Guetta – não, ele não é nada do David Guetta – conhecido no meio por Mr. Brainwash. Vale a penar ver Exit Through the Gift Shop (“Saída pela loja de presentes“).

Pra encerrar, aqui vai uma de suas celebres mensagens:

“Não há nada mais perigoso do que alguém que quer fazer do mundo um lugar melhor”

 

Referências:

Trailer do filme:

 

Os Gêmeos

http://osgemeos.com.br/

 

Banksy: Muro da Vergonha

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