O iogurte é um alimento secular que já foi utilizado para alimentar exércitos ou conservar suas carnes. Hoje, por conta de uma revolução mercadológica, tornou-se uma iguaria em ascensão. A categoria sempre foi bastante popular e consumida, porém recentemente notou-se um grande emprego de forças nas áreas estratégicas da comunicação do produto. É interessante analisar o percurso do simples “derivado do leite” com açúcar em fermentação bacteriana, se tornar um manjar dos deuses.
Estima-se que esse fenômeno tenha começado há cinco anos em Nova Iorque por uma fabrica nova chamada Fage que produzia iogurte do tipo grego para os descendentes da região. Outro responsável foi um imigrante turco que colocou um pote de iogurte Chobani a venda em Long Island. Ambos ajudaram fazer com que o segmento se tornasse o mais emergente em territórios norte americano. No Brasil, sua adesão aconteceu com certo atraso. Porém, ao transformá-lo em gourmet, uma empresa no coração de são Paulo (Delicari) foi criada a fim de vender o produto em um mascara de especiaria chic e sofisticada.
Técnicas mercadológicas foram utilizadas para promover o produto á uma categoria superior, o que nos coloca em posição de reflexão sobre a possibilidade de outros alimentos seculares consagrados assumirem um caráter inovador para se reinventar, o que abre ainda mais o leque de oportunidades. Exemplo disso é a coxinha de frango sendo alçada em pedestal gourmet. E assim como o iogurte que teve sua formula descoberta ocasionalmente podendo ser reproduzida de maneira simples, a criatividade se torna peça intrínseca na transformação do próprio alimento.